Por que sua empresa precisa de um AI Gateway?

Oscar Fujiwara
Author
October 22, 2025
12
min de leitura

Um dos pilares da inteligência artificial na Sensedia é o AI Gateway, proporcionando aos nossos clientes governança, segurança e escalabilidade no consumo de modelos de IA via APIs. Neste bate-papo você vai entender por que essa ferramenta vem ganhando protagonismo crescente em estratégias de integração, quais problemas de negócio ela endereça e como otimiza as operações nas empresas.

Quem traz as explicações são dois especialistas da equipe de Solutions da Sensedia: Igor Guimarães e Lucas Xavier.

Para conferir o bate-papo no formato de áudio, dê o play a seguir!

O que é o AI Gateway e por que essa ferramenta vem ganhando tanto destaque ultimamente?

Xavier: O AI Gateway pode ser entendido como uma evolução natural do API Gateway, mas com foco especial no consumo de modelos de inteligência artificial.

Hoje vemos empresas conectando copilots, agentes autônomos, automações inteligentes, determinados apps fortemente dependentes de modelo de linguagem de inferência. Cada um desses pontos de consumo gera um tráfego muito intenso, um consumo até imprevisível e riscos operacionais. É natural que surja uma camada especializada para organizar tudo isso, e esse é o papel do AI Gateway. Ele atua como um proxy inteligente para modelos de IA, abstraindo esses provedores, criando políticas de segurança, gerenciando falhas e até oferecendo um certo monitoramento de tudo isso.

Para reforçar a urgência desse tema, vale destacar que, no Gartner Hype Cycle de 2025, os agentes de IA e dados prontos para IA são apontadas como as tecnologias de crescimento mais rápido. Isso mostra que as empresas estão migrando da fase de experimentação para demandas reais de implementação e operacionalização desses modelos de agente.

Com isso, ferramentas como o AI Gateway acabam se tornando essenciais. Sem essa camada de orquestração, surgem riscos como: dependência de um provedor único, sem flexibilidade; interrupções geradas pela indisponibilidade do modelo; custos inesperados, mesmo para uso mais controlado. O AI Gateway nasce como uma ponte entre inovação e governança. Ele garante que o uso de IA não fique desordenado, mas que seja escalável, controlado e confiável. 

Quais são os principais problemas práticos que o AI Gateway resolve? 

Igor: Quanto à utilização, os problemas acabam sendo os mesmos do API Gateway. É necessária uma camada para manutenção, permitindo a atuação com requisitos não funcionais, que, teoricamente, seriam absorvidos pelas camadas abaixo. Tecnicamente, o papel do AI Gateway é extrair informações para gerar a observabilidade desses dados, garantindo o acesso às pessoas corretas, e alimentando métricas, volumes, formas de controlar a cadência e manipular rotas.

Em relação à camada de segurança, acabamos concentrando chaves de acesso e outras features que, caso não estivessem expostas em uma camada adequada, ficariam abertas ou pulverizadas. Por isso, dá para trabalhar essa questão de custo, porque é possível saber quem estará consumindo e qual será o custo. O controle sobre esses pontos é o que essa camada habilita. Versionamento entre esses agentes, controle da exposição das APIs - até mesmo pelo protocolo MCP Server - são problemas que tentamos mitigar, colocando essa camada para gerir todo o conteúdo e, de certa forma, trazer padrão. 

Artigo relacionado: "Monetização de APIs na era da IA: transformando infraestrutura digital em receita escalável"

Como o AI Gateway impacta as estratégias de negócio? 

Xavier: É um impacto direto, porque ele transforma o consumo de IA em um ativo estratégico, que antes era algo experimental. Empresas que utilizam IA sem governança acabam limitadas a pilotos isolados. Com o AI Gateway, é possível padronizar esse acesso a diferentes modelos, criar políticas de uso para diferentes times, e até monetizar essas APIs de IA. É possível trabalhar nessas APIs como um novo serviço. 

Recursos como tools de APIs para IA, Agent as API, conectores para data sources e bancos de dados permitem que a empresa exponha essas capacidades internas para alguns copilotos ou agentes de terceiros, de forma controlada. Isso cria diversas novas oportunidades de negócio, como a monetização das APIs. Também é possível oferecer APIs de dados, de funcionalidades proprietárias, por exemplo, para o consumo de parceiros inseridos em um ecossistema de IA. 

Outro ponto é a questão do compliance, da auditoria de todo esse processo. Toda essa interação fica registrada, o que é imprescindível em setores regulados, como o mercado financeiro. No médio prazo, essa governança acelera a inovação, porque permite que os times consumam todos esses recursos de IA com segurança e escalabilidade, sem o receio de romper as barreiras de segurança encontradas no meio do caminho.

Igor: Quando falamos de IA nas empresas, acredito que devemos parar de tratar isso como um laboratório - isso ficou pra trás, os projetos já começaram a tomar corpo. Essas tecnologias já estão em um patamar de utilização em produção. O AI Gateway acaba criando uma camada que habilita governança, gestão da IA como ativo. Toda essa jornada de transformação vai acabar impulsionando o uso da IA também. 

Como a Sensedia está se posicionando nesse cenário?

Xavier: Nossa proposta é oferecer uma camada que alie flexibilidade para essa inovação e robustez para a parte de governança. O mercado tem uma série de necessidades em relação a proxy de agent-to-agent, exposição de apps, agentes de AI, context access, RAG, long-term memory, integração com frameworks, como LangChain e AutoGen. Trazemos para dentro da nossa stack todas essas funcionalidades, sem perder a observabilidade.

Entregamos mais do que features técnicas dentro de uma caixinha fechada para atender essas necessidades. O diferencial da Sensedia é ajudar empresas a desenhar a estratégia de governança para a IA, evitando que o consumo vire um gargalo de custo ou de risco, e transformando isso em valor de negócio.

No fim do dia, sabemos que agentes de IA são tão bons quanto os dados que consomem, então, preparamos toda a arquitetura de integração, arquitetura de dados, para que esses agentes consigam atuar da melhor maneira possível.

Como será a evolução do AI Gateway? Qual será o protagonismo dessa ferramenta para os negócios daqui pra frente? 

Igor: O AI Gateway será essencial para garantir governança, segurança e compliance no contexto da IA. Tudo que for viabilizado via AI, que for utilizado em escala, precisará de alguma ferramenta que faça a gestão desses ativos. Caso contrário, será uma bagunça. Esse ativo trará conectividade entre agentes e permitirá a exposição dessas informações através de protocolos novos. As empresas precisarão expor e consumir novos modelos a cada dia. Acho que o mais importante é entender como monetizar, como a economia de AI Gateways possibilitará a exploração dessa nova feature de mercado.

Xavier: o AI Gateway não é apenas uma camada técnica, mas a base que transforma a IA em recurso estratégico, seguro e escalável dentro das empresas. Ele vai organizar, governar e, principalmente, potencializar todo o consumo de modelos e de agentes. Ele vai garantir a eficiência de custos e uma inovação muito mais acelerada, além de novas oportunidades de negócio e até de conformidade regulatória.

O futuro da IA nos negócios não depende só de quais modelos serão utilizados, mas de como serão integrados, controlados e transformados em valor real para o negócio. É exatamente esse o papel do AI Gateway: elo entre tecnologia e resultado concreto.

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