O que é o SRO no mercado de seguros e como se beneficiar de sua adoção

O SRO (Sistema de Registro de Operações) é um tema que estará presente na agenda de centenas de instituições do mercado de seguros nos próximos anos e neste bate-papo você vai entender seus impactos, obrigatoriedade, prazos e sinergia com o Open Insurance.

Quem explica os detalhes é o Product Manager Tiago Messa, um dos especialistas da Sensedia no setor de Insurance.

Para conferir o conteúdo no formato de áudio, dê o play a seguir!

O que é o SRO exatamente? ‍

Tiago: A proposta do SRO (Sistema de Registro de Operações) é unificar todas as movimentações envolvendo uma apólice de seguro. Os dados de qualquer movimentação relacionada ao ciclo de vida da sua apólice ou capitalização (contratação, endosso de sinistro ou cancelamento, por exemplo) são enviados a uma registradora (atualmente são 4 no Brasil todo), que depois compartilha os mesmos com a Susep (Superintendência de Seguros Privados). A Susep, por sua vez, pode utilizar esses dados para diversas finalidades, como auditoria e inovação. 

O SRO existe desde 2019. Em 2020, tivemos o lançamento da V2, e agora estamos na V3.

O SRO é obrigatório para quais instituições? 

Tiago: De acordo com o regulatório, toda sociedade supervisionada é obrigada a adotar o SRO. Isso inclui seguradoras, entidades de previdência, capitalização, resseguradoras - ao todo, são 343 instituições que estão sob a supervisão da Susep. 

Como está a agenda evolutiva do SRO? O que ainda vem pela frente?‍

Tiago: Hoje o SRO está na versão 3, cuja data de implementação do seu primeiro grupo - danos e pessoas - é 2 de março de 2026. Ainda temos outras cinco circulares, que tratarão, posteriormente, de risco estruturado, capitalização, previdência, assistência financeira. Toda essa agenda tem uma previsão de terminar até 2027. 

‍Existe alguma relação entre SRO e Open Insurance? 

Tiago: Essa é uma dúvida muito comum. Como SRO e Open Insurance tratam de dados e integrações, muitos acham que sejam a mesma coisa ou algo parecido. Na verdade, eles não têm uma relação direta. Entretanto, acredito que sejam complementares. 

O Opin é uma iniciativa na qual as pessoas podem compartilhar seus dados de seguro com as seguradoras que quiserem, com a finalidade de obter alguma eventual vantagem, seja de preço, serviço ou até mesmo de experiência de uso de uma solução. Já o SRO trata de padronização, auditoria e controle da Susep sob um mercado supervisionado, que também, de certa forma, tem um lado de inovação. 

Em uma evolução do Open Insurance, o SRO pode ser um caminho para conhecimento de apólices (vigentes ou vencidas), com o qual poderemos verificar quais são as apólices emitidas em nosso nome, até mesmo aquelas que sequer fazemos ideia que temos, que poderão ser compartilhadas com outras seguradoras. 

Como a Sensedia pode ajudar as instituições na adoção do SRO?

Tiago: Somos puramente uma empresa de integração. Ajudamos empresas a quebrar barreiras que impedem qualquer negócio de escalar, desde o apoio na transformação digital até a atuação em dores regulatórias.

Construímos grande autoridade no Open Finance no Brasil por conta da nossa expertise em integrações. No Open Insurance, temos seguido o mesmo caminho, acumulando muito conhecimento no mercado regulatório também. Contamos com times de engenharia extremamente capacitados, e equipes de consultoria atuando continuamente ao lado de grandes instituições dos setores financeiro e de seguros. Somos especialistas tanto na camada técnica quanto na de negócios.

Temos reparado que muitas sociedades supervisionadas ainda estão patinando na hora de encontrar uma solução de SRO. Outras sequer começaram a procurar. Quando olhamos para o SRO, ele nada mais é do que integração pura - uma dor que obriga as instituições a olhar para seus legados e colocar os dados dentro de um layout. Nossa solução consiste em coletar esses dados, transformá-los e garantir a entrega com padronização - continuamente e dentro dos prazos que a regulação exige.

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